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Mercado espera queda de 2,26% para economia em 2015 e de 0,40% em 2016

03/09/2015
Tempo de leitura 2 min

Fonte: Valor Econômico

Pela sétima vez consecutiva, os analistas de mercado reviram a estimativa para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central (BC). A mediana das previsões saiu de retração de 2,06% para queda de 2,26%. Para 2016, a projeção é de que a economia tenha contração de 0,40%, em vez de 0,24%. Se realizadas essas previsões, será a primeira vez desde 1930 que o país enfrenta dois anos seguidos de recessão.

As revisões no Focus se seguem à divulgação do desempenho do PIB do segundo trimestre de 2015 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na sexta-feira passada. O órgão informou que a economia teve contração de 1,9% em relação aos três primeiros meses do ano, feito o ajuste sazonal. O resultado de janeiro a março foi revisado de recuo de 0,2% para queda de 0,7%. No Focus, os analistas consultados esperam baixa de 5,57% para a produção industrial neste ano, mais acentuada do que o recuo de 5,20% esperado anteriormente para o período. No caso de 2016, o prognóstico é de crescimento de 0,89%, e não de 1%.

Inflação

Analistas do mercado continuaram a reduzir a estimativa para a inflação deste ano, mas preveem um avanço maior dos preços em 2016.

Conforme o Focus, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve avançar 9,28% em 2015, em lugar de 9,29%, e deve aumentar 5,51% no próximo calendário, em vez de 5,50%. Em 12 meses, a inflação saiu de 5,63% para 5,65%.

Apesar da persistência inflacionária, os analistas não alteraram suas previsões para o juro básico da economia, que seguiu em 14,25% para o fim deste ano e em 12% para o fim do próximo.

 O Comitê de Política Monetária (Copom) volta a se reunir nesta semana e analistas consultados pelo Valor preveem que o colegiado vai manter a Selic em 14,25% ao ano na reunião que ocorre amanhã e quarta-feira. Mas o período em que a autoridade monetária manterá o juro nesse patamar é motivo de debate, especialmente após a rodada de indicadores de atividade mais fracos que o esperado.

 

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