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Economia brasileira cresce 0,41% em julho, mostra BC

14/09/2017
Tempo de leitura 2 min

Fonte: Valor

A recuperação da atividade econômica continuou na abertura do terceiro trimestre e de forma mais acentuada que a esperada. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) mostrou alta de 0,41% em julho, após elevação de 0,55% em junho (dado revisado de elevação de 0,5%), na série com ajuste.

A variação ficou no teto das estimativas coletadas pelo Valor Data, que iam de queda de 0,2% a expansão de 0,41%. Já a média dos prognósticos feitos pelas 16 instituições financeiras sugeria breve alta de 0,09%.

No ano, o IBC-Br passou para o terreno positivo, com pequena alta de 0,14% e elevação de 0,31% na série com ajuste. Nos 12 meses encerrados em julho, há ainda retração, de 1,44% na série sem ajuste e de 1,37% no dado ajustado.

Devido às revisões constantes do indicador, o IBC-Br medido em 12 meses é mais estável do que a medição mensal, assim como o próprio Produto Interno Bruto (PIB). Em comparação com julho de 2016, o índice tem alta de 1,41% na série sem ajuste e aumento de 1,48% com ajuste.

Com a revisão da série, o crescimento no segundo trimestre, em relação aos três meses anteriores, saiu de 0,25% para 0,39%. Os dados seguem condizente com a avaliação do próprio BC de que a economia já se estabilizou depois de dois anos de contração e inicia um processo de retomada gradual.

Em entrevista ao Valor, o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou que a retomada que está sendo puxada pelo consumo das famílias é sustentável e que esse movimento deve ser complementado pelos investimentos trazidos pelas áreas de infraestrutura e pelo programa de privatizações.

O comportamento do indicador no mês de julho foi influenciado pela alta de 0,8% da produção industrial, estabilidade do varejo e queda de 0,8% do volume de serviços.

Para 2017, o mercado trabalha com um crescimento de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB), o BC estima alta de 0,5%, mesmo percentual do Ministério da Fazenda. Na próxima semana, o BC revisa sua previsão para o PIB.

Na média móvel trimestral, indicador utilizado para captar tendência, o IBC-Br, sem ajuste, sobe 1,21%, após queda de 1,69% em junho. Com ajuste, há alta de 0,23% em julho, após avanço de 0,15% e junho.

Embora seja anunciado como “PIB do BC”, o IBC-Br tem metodologia de cálculo distinta das contas nacionais calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços). A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.

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