A palavra “aluguel” está entre os termos mais buscados no Google nos últimos dias, em função das recentes notícias sobre o reajuste recorde de preços nos novos contratos neste início de ano.
Em média, os contratos ficaram 16,55% mais caros em 2022, segundo dados do Índice FipeZAP+ divulgados no último dia 17. É a maior alta desde 2011, quando os preços avançaram 17,30%.
O aumento do ano passado foi quase o triplo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, que avançou 5,79% no ano. Com isso, a alta real dos novos aluguéis (descontada a inflação) foi de 10,76%.
Segundo especialistas, o reajuste no valor do aluguel está relacionado, principalmente, à retomada das atividades na pandemia de covid-19 e ao repasse da inflação para o aluguel. As cinco cidades que apresentaram as maiores altas foram Goiânia (32,93%), Florianópolis (30,56%), Curitiba (24,47%), Fortaleza (21,33%) e Belo Horizonte (20,01%), respectivamente, segundo dados levantados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Com o aumento do aluguel, cresce também o risco de inadimplência, acendendo um alerta aos proprietários de imóveis. A falta de pagamento do aluguel responde por 85% das ações judiciais de locação em São Paulo, segundo pesquisa mais recente do Secovi-SP, de outubro de 2022.
Alternativa eficaz para a inadimplência, ao passo em que oferece tranquilidade e segurança tanto para locadores quanto para locatários e imobiliárias, o seguro aluguel, ou fiança locatícia, disparou em 2022. Segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep), de janeiro a dezembro de 2022, o seguro fiança locatícia arrecadou R$ 1,197 bilhão em prêmios em todo Brasil, representando um crescimento de 15,05% sobre igual período do ano anterior.
Vice-líder nacional no produto desde 2018, a mineira Pottencial apresentou crescimento de quase o dobro do mercado na comercialização do produto no mesmo período, o que fez com que a companhia passasse a deter uma fatia de 18,14% de market share, com expectativas de crescimento para 2023.
Para a diretora de produto da companhia, Tatiana Mattar, há motivos claros para o crescimento da demanda pelo produto, entre eles a Circular 587 da Susep (substituída pela 671/2022), que estabeleceu que a vigência da apólice passasse a seguir o mesmo período do contrato de locação.
Outro importante fator que contribuiu para a boa aceitação do seguro, segundo Tatiana, está relacionado ao fato de a modalidade substituir e ser mais segura que as outras garantias para locação de imóvel, como título de capitalização, fiador ou antecipação de aluguel, protegendo o proprietário em caso de não pagamento de aluguel e/ou encargos por parte do inquilino.
“O fiança locatícia tem como principal característica substituir a utilização de um fiador em uma locação residencial ou não. Representa tudo o que o locador busca, como segurança, estabilidade e tranquilidade”, pontua a diretora.
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