Fonte:Valor
A Dívida Pública Federal (DPF) registrou uma queda nominal de 3,22% na passagem de setembro para outubro, somando R$ 2,646 trilhões. Pelas metas estabelecidas dentro do Plano Anual de Financiamento (PAF), o endividamento deve oscilar entre R$ 2,65 trilhões e R$ 2,8 trilhões em 2015.
Segundo nota divulgada pelo Tesouro Nacional, a Dívida Pública Mobiliária Interna (DPMFi) teve seu estoque reduzido em 3,27% ao passar de R$ 2,588 trilhões em setembro para R$ 2,504 trilhões em outubro.
Já a Dívida Federal Externa somou R$ 142,43 bilhões (US$ 36,91 bilhões), o que representa queda de 2,37% na comparação com os números de setembro.
No antepenúltimo mês de 2015, as emissões da Dívida Pública Federal corresponderam a R$ 37,79 bilhões, enquanto os resgates somaram R$ 148,74 bilhões, o que resultou em resgate líquido de R$ 110,95 bilhões.
Desse total líquido, R$ 110,64 bilhões referem-se à Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi). No mês, ocorreram colocação diretas de R$ 1,017 bilhão para o Fies e R$ 2,488 bilhões em novação de dívida com o Banco Nacional, que está em liquidação.
Desse total líquido, R$ 110,64 bilhões referem-se à Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi). No mês, ocorreram colocação diretas de R$ 1,017 bilhão para o Fies e R$ 2,488 bilhões em novação de dívida com o Banco Nacional, que está em liquidação.
Considerando a metodologia “Average Term to Maturity”, que permite maior comparabilidade do Brasil com outros países, a vida média da dívida pública federal passou 6,61 anos em setembro para 6,85 anos em outubro.
Custo da dívida
O custo médio da DPMFi avançou de 13,62% em setembro para 13,75% em outubro, o maior desde maio de 2007 (13,76%). A comparação feita pelo Tesouro Nacional considera o custo acumulado nos últimos 12 meses terminados em cada período.
Em relação ao estoque total, o custo médio avançou 0,08 ponto percentual, passando de 16,07% para 16,15%, o maior desde fevereiro de 2009 (16,44%).
Já o custo médio das emissões da DPMFi em oferta pública passou de 13,15% ao ano em setembro para 13,31% em outubro, novo recorde da série iniciada em 2010.
Detentores da dívida
A participação do investidor estrangeiro na DPMFi subiu em termos percentuais em outubro, de 18,85% para 19,13%. Em valor absoluto, contudo, passou de R$ 487,97 bilhões para R$ 479,05 bilhões.
As instituições financeiras encerram o mês respondendo por 24,28% da DPMFi, contra 25,36% em setembro. Os fundos de investimento reduziram sua participação de 20,08% para 19,48%. As instituições de previdência fecharam outubro com 21,62%, ante 20,88% de setembro. O governo ampliou sua fatia de 5,77% para 5,99%. Já as seguradoras aumentaram sua fatia de 4,38% para 4,59%.
Composição da dívida
A participação de papéis pós-fixados na DPFMi subiu em outubro e chegou a 24,04%, ante 22,62% em setembro.
Pelas metas estabelecidas pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), esses títulos devem apresentar percentual de participação entre 17% e 22%, mas a métrica considerada é a Dívida Pública Federal (DPF). Considerando, então, a dívida total, a participação desses papéis teve aumento de 21,42% em setembro para 22,75% um mês depois.
A fatia de papéis prefixados saiu de 43,18% da DPMFi em setembro para 40,09% em outubro. Os títulos indexados a índices de preços, por sua vez, terminaram outubro com 35,16% da dívida interna, após os 33,48% um mês antes. Os ativos corrigidos pelo câmbio fecharam em 0,71%, depois de 0,72% em setembro.
O PAF estabelece intervalo de 40% a 44% para os títulos prefixados considerando a DPF. Assim, esses papéis encerram o mês respondendo por 38,45%, ante 41,37% em setembro.
No caso dos ativos atrelados a índices de preços, a banda é de 33% a 37%; em outubro, o percentual foi de 33,27% (31,69% em setembro). Para os ativos atrelados ao câmbio, o PAF previa variação entre 4% a 6% e encerraram o mês em 5,53% (5,52% em setembro).
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